IA em Pernambuco

O mapa do ecossistema pernambucano de IA é um programa criado pela Amcham-PE, em parceria com a Valorian,  para dar visibilidade aos players que integram o ecossistema sejam como produtores ou consumidores de recursos de IA. Ainda, permitir um network mais efetivo entre ICTs, Academia e Empresas. Os dados mostrados nesta seção devem ser considerados como preliminares, ou seja, não apresentam ainda todo o ecossistema existente. Espera-se que esses dados sejam continuamente atualizados e que no fim do ano de 2021 representem de forma mais fidedigna os números de nosso ecossistema.

Durante a coleta de dados foram identificados 6 tipos de players:

  1. Instituição de Ensino – Universidades e Faculdades que possuem pelo menos 1 pesquisador trabalhando com IA, seja em pesquisa de base ou aplicada.
  2. Instituto de Ciência e Tecnologia (ICTs) – Centros de pesquisa e P&D que possuam pelo menos um projeto que aplique IA.
  3. Pesquisador – Indivíduo que trabalha com pesquisa em IA seja dentro de instituições de ensino, ICTs ou empresas privadas.
  4. Empresas Fornecedoras de IA – Empresas que fornecem diretamente serviços de IA para que outras empresas possam aplicá-la. 
  5. Empresas Fornecedoras de Plataformas Inteligentes – Empresas fornecem serviços ou produtos que usam IA como base de seu negócio.
  6. Empresas consumidoras de IA – Empresas, de cunho público ou privado, que consomem serviços de IA para melhorar sua operação ou prestação de serviços.

Nessa fase de mapeamento introdutória conseguimos 5 instituições de ensino (UFPE, UFRPE – Campus Serra Talhada, UPE, Faculdade Senac e Faculdade Nova Roma), 57 pesquisadores, 3 ICTS (SIDI, CESAR e o Instituto Senai de Inovação), 5 empresas fornecedoras de IA, 20 empresas de plataformas inteligentes e 4 empresas consumidoras (Figura 1).

Figura 1. Distribuição geográfica dos players pernambucanos de IA.
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Considerando a região metropolitana do Recife, temos a maior concentração de empresas de todos os tipos e ICTs na área do Porto Digital, porém os pesquisadores concentram-se, como esperado, nas universidades (Figura 2).

Uso de IA por parte das empresas estudadas

Durante o mapeamento, foi perguntado às empresas sobre seu nível de maturidade em IA como definido nos itens:

  1. Ainda não usamos I.A. na nossa organização.
  2. Sabemos da importância da I.A. e temos iniciativas isoladas acontecendo.
  3. Estabelecemos um laboratório de I.A. com provas de conceitos já em funcionamento.
  4. Usamos I.A. em produção nos serviços prestados para nossos clientes.
  5. I.A é a base de nossos principais produtos, serviços e nossa operação.

Muitas empresas que responderam a pesquisa afirmaram que fornecem plataformas com serviços inteligentes, 30% de todas as empresas afirmam que ainda estão no nível 2 ou 3, ou seja, IA ou ainda é uma iniciativa isolada, ou prova de conceito não compondo os produtos finais fornecidos aos clientes.

Figura 2. Distribuição geográfica dos players pernambucanos de IA na cidade do Recife.

Apesar de não estar listado no mapa, Pernambuco possui duas iniciativas relevantes, são elas o IANE (Rede Científica Nordeste de IA) que faz parte de um grupo nacional chamado IARA (Inteligência Artificial Recriando Ambientes) e o PRAIA.AI (Pesquisa Realmente Aplicada em IA) que se descrevem como um hub de conexão academia mercado.

Outro ecossistema importante não listado é o das escolas técnicas federais de Pernambuco. Sem sombra de dúvidas o grupo de instituições de ensino com maior capilaridade e interiorização e que é certo de acharmos pesquisadores e iniciativas para desenvolvimento da IA de Pernambuco.

É importante ressaltar que acharmos iniciativas relevantes, tanto acadêmicas como empreendedoras, no sertão do estado é motivador no que tange uma possível mudança da base econômica da região. O desenvolvimento de centros tecnológicos no interior do estado não dependem de infraestrutura de alto investimento e permite carreiras globalmente valorizadas para a população da região que historicamente é uma das menos desenvolvidas do estado.

Em uma ação separada a Amcham fez uma pesquisa com empresas de diversos setores atingindo 119 líderes (Executivos, diretores e sócios de empresas e gerentes) sobre o uso de IA nas suas organizações e vemos que o cenário é de diversas oportunidades de investimento.  Vemos que 70% das empresas não usam, ou ainda estão na fase embrionária do uso da I.A., apenas 22% possuem serviços usando I.A. fornecidos aos seus clientes e as demais usam I.A. como base de seus produtos e serviços (Figura 3).

Das empresas que usam I.A. temos que 67% delas percebem um ganho de produtividade (Figura 4) o que é um bom indicador de sucesso dos projetos executados.  

Figura 3. Uso de I.A. nas empresas pernambucanas (Um erro de arredondamento no último item colocou em 9% quando na verdade é 8%).
Figura 4. Efeitos da IA nas empresas que a empregaram (Nem todas as empresas responderam essa pergunta).

Por fim, é importante reafirmarmos a importância deste marco inicial do mapeamento da IA de Pernambuco como passo fundamental para o desenvolvimento da Estratégia Pernambucana de IA, onde o estado pode criar os alicerces de desenvolvimento da área com qualidade e visibilidade global. Sendo a IA um recurso estruturante de desenvolvimento econômico e social de qualquer estado ou nação para os próximos 20 anos, temos a oportunidade de nos posicionarmos devidamente para aproveitar o crescimento da demanda global por esse tipo de recurso.

Está no ecossistema? Entre no nosso radar.